CARTA DO GESTOR 06/2022: ARTESANAL FIC FIM

O fundo Artesanal FIC FIM encerrou o mês de junho com a rentabilidade de 1,21%, o que representa 119% do CDI, com volatilidade anualizada de 0,64% no ano. No acumulado de 12 meses, apresentou a rentabilidade de 8,90%, o que representa 103% do CDI.

Ficamos mais cautelosos em função das incertezas locais e globais, chegando a exposições brutas de apenas 5% do fundo, e por consequência rendendo o CDI em alguns momentos ao longo dessa primeira metade do ano. Contudo, seguimos comprometidos em entregar retornos absolutos e consistentes com baixa volatilidade.

A alocação em títulos públicos, que tem por finalidade o enquadramento da duration, teve uma contribuição mais fraca no início do semestre e uma recuperação aos níveis do CDI nos últimos três meses. Observando o desempenho dos títulos atrelados ao IPCA, adicionamos NTN-B com vencimentos em 2050 e 2060 na carteira. Essa classe de ativos continua no nosso radar, e possivelmente esse book se amplie em função da sua atratividade de curto e médio prazo.

A estratégia Long&Short, apesar da baixa exposição, apresentou boa performance. Neste período foram acrescentadas novas posições, com dois ativos ou mais, Long&Shorts descorrelacionados, sob a ótica estatística/quantitativa ou quality/value. Há também uma pequena alocação, atualmente menos de 3%, no Total Return, outro fundo da casa. O TR tem uma visão value/qualitativa, maior exposição em renda variável e maior volatilidade, e o consideramos complementar na diversificação do Artesanal FIC FIM. O aumento da exposição em operações de Long&Short é uma possibilidade nessa segunda metade do ano, para algo em torno de 15% do patrimônio líquido do fundo.

Ainda em renda variável, adicionamos novas posições que chamamos de “Holding”. Além das operações em Itaúsa, Bradespar e Metalúrgica Gerdau, acrescentamos Simpar e Cosan, e monitoramos outras em que não encontramos distorção de preço que justificasse alocação, tal como Banco do Brasil em contrapartida com BB Seguridade e Cielo.

As estratégias de Risk Arbitrage ou Special Situation, são estratégias de fechamento de capital via OPA, fusão e aquisição, troca de ações ou troca de ações mais parcela cash.

No decorrer deste semestre, alguns eventos corporativos anunciados foram relevantes para as estratégias citadas acima. Nas operações de Special Situation ou Risk Arbitrage, podemos destacar o fechamento do deal entre Localiza e Unidas, o anúncio de BRMalls contra Aliansce e a OPA de Getnet. Atualmente o fundo segue posicionado no M&A de BRMalls com Aliansce e XP vs Modal.

Seguimos acompanhando todos os deals em aberto e continuamos estudando o momento de entrada em outras operações deste mesmo grupo, como fechamentos de capital, arbitragens com ETFs e estratégias com contratos futuros.

A estratégia de Crédito Privado não sofrerá alteração. Nossa intenção é aproveitar as emissões e novas oportunidades que vierem a aparecer, visto que algumas cotas detidas pelo fundo já estão em processo de amortização.

Diante disso, seguindo nosso DNA de preservação de capital e mitigação de risco, aliado a expectativa do aumento nos níveis da taxa de juros, nossa equipe de gestão continua entregando e perseguindo a média histórica de performance dos últimos 13 anos do fundo Artesanal FIC de FIM.

(Disclaimer: A Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura)