CARTA DO GESTOR 05/2022: ARTESANAL FIC FIM

O fundo Artesanal FIC FIM encerrou o mês de maio a com a rentabilidade de 0,93% o que representa 90% do CDI, com volatilidade anualizada de 0,65% no ano. No acumulado de 12 meses, apresentou a rentabilidade de 8,24%, o que representa 104% do CDI.

O fundo segue buscando seu propósito de entregar alpha com baixa volatilidade e alta liquidez. O Artesanal FIC FIM acumula rentabilidade de 128% do CDI desde a sua criação em 2008, e seu índice de Sharpe, nos últimos 5 anos, está em 1,2, revelando ótima relação risco-retorno em médio e longo prazos.

No cenário macro, estamos observando algumas oportunidades no mercado de DI futuro, principalmente em estratégias de nível e curvatura nos vértices entre os anos 2023 e 2025, região de inversão da curva de juros. Alocamos uma parte da nossa margem, de forma residual, em títulos NTN-B de vencimentos 2050/ 2055/ 2060, com visão para médio e longo prazo. Além disso, seguimos também monitorando as “casadas” (operação que o investidor compra um título prefixado e um contrato de DI como o mesmo vencimento ganhando spread entre as duas taxas). No momento, há apenas dois vencimentos interessantes, nos demais acreditamos não haver prêmio relevante.

Nas estratégias que o fundo vem carregando, é interessante mencionar nossa posição em holding de Simpar. O papel está bem descontado em relação as suas investidas, algo em torno de 29%, corroborando nossa tese. Nosso time de gestão acredita que este desconto possa convergir para algo em torno de 25%. Outra posição relevante do fundo é ITAUSA vs investidas, o desconto está próximo a 25%, estimamos que será corrigido para perto de 21,5%. As duas operações vêm trazendo marcações negativas para o fundo, mas acreditamos que no curto ou médio prazo, os descontos serão corrigidos.

Nos pares de Long&Short, zeramos boa parte da nossa posição entre bancos, ficando apenas com o par de On vs PN em Bradesco. Recentemente, entramos em uma posição no setor de distribuidores de combustível Vibra vs Grupo Ultra e em uma estratégia em distribuição de energia.

Nas operações de “risk arbitrage”, após um longo período de espera das AGEs e desdobramentos, de fato começamos a operar os pares Modal vs XP (M&A), BRMalls & Aliansce Sonae (M&A), Localiza vs Unidas (M&A) e Rede D’Or vs SulAmerica (M&A). Temos aumentado aos poucos nossa alocação em todos esses pares, visto que as operações já se encontram com maior previsibilidade.

Nosso Book Offshore ainda segue pequeno, no qual carregamos um Long&Short de papéis do segmento de software de gestão de RH (Ceridian vs Paycom).

A estratégia de Crédito Privado, também não sofrerá alteração, nossa intenção é aproveitar as emissões e novas oportunidades que vierem a aparecer, visto que algumas cotas detidas pelo fundo já estão em processo de amortização.

Diante disso, seguindo nosso DNA de preservação de capital e mitigação de risco, aliado a expectativa do aumento da curva de juros, nossa equipe de gestão continua entregando e perseguindo a média histórica de performance dos últimos 13 anos do fundo Artesanal FIC de FIM.