CARTA DO GESTOR 02/2022: ARTESANAL TOTAL RETURN FIM

O fundo encerrou o mês de fevereiro com rentabilidade negativa de 5,37%. Esse resultado foi impactado, principalmente, por dois grandes detratores na performance: Long/Shorts no setor bancário e no de energia, cujos resultados anuais foram divulgados entre os dias 14 e 18 de fevereiro e provocaram uma reação negativa, na nossa visão, exagerada e curto-prazista. As operações que o fundo vem carregando de Cosan/San Martinho, acreditamos que a diversificação da Cosan ainda não está precificada, em função do imediatismo do mercado que favorece a São Martinho com um escopo de negócio muito mais concentrado em energias renováveis. Já a operação em bancos públicos, historicamente, tem uma especificidade inerente a diferença de liquidez entre os pares. O banco mais líquido tem uma resposta muito mais rápida aos eventos que interferem no setor, e o spread entre os ativos só começou a se ajustar depois que a janela do mês já tinha fechado. Nossa pesquisa ainda indica um desconto exagerado para Banrisul em relação a Banco do Brasil. Ambas as apostas têm um peso relevante no fundo, que é monitorado e rebalanceado em tempo real diariamente, mas com uma visão de médio e longo prazos. As operações de volatilidade e direcionais tiveram uma pequena contribuição positiva, indicando que o evento Ucrânia não interferiu na performance do fundo, apesar dos riscos iminentes em relação ao conflito interferirem, principalmente, no setor de energia (óleo e gás), e também, por afetar o consumo de grandes economias mundiais, no setor de hard commodities. Aproveitando o momento de alta nos juros dado o aumento da SELIC pelo COPOM, continuamos posicionados, de forma estratégica, em uma parcela de Crédito Privado em FIDCs 100% gestão Artesanal Investimentos.